Escola Superior de Aviação Civil

Mulher, 21 anos, instrutora de voo

“Eu decidi que queria ser piloto bem cedo, tinha uns 14, 15 anos”, conta Maria Julia Guerra, 21, de Petrópolis, cidade turística a 70 km do Rio de Janeiro. Ela é a mais nova instrutora de voo contratada pela EJ Escola de Aeronáutica. A vontade de voar ficou adormecida por um tempo e Julia acabou seguindo outro caminho. Aos 17, prestou vestibular na Universidade Católica de Petrópolis, passou, e logo matriculou-se no curso de direito. Depois de um semestre estudando matérias como direito constitucional, penal, civil, entre outras, mesmo com boas notas, viu que realmente não era o que queria. “Acabei largando pra seguir meu sonho”, afirma. Logo ela obteve apoio dos pais.

Seu tio, Pedro Esposti, comissário da Latam há mais de 15 anos, era aluno da EJ Jundiaí, onde fazia o curso de piloto privado. Maria Julia, em uma visita a ele, que mora em São Paulo, o acompanhou até a unidade onde o tio voava, em uma de suas aulas. “Me apaixonei por lá”, afirma.

Vinicus e Mara, atendendo a vontade da filha, fizeram uma visita à unidade Jundiaí, para entender dos cursos e conhecer mais sobre a EJ. Rapidamente se animaram e matricularam a filha. Esposti, o tio, também a estimulou. “Sempre disse como podia ser difícil a vida na aviação, mas sempre me incentivou”, afirma. Na unidade ela fez os cursos de piloto privado, comercial, voo por instrumentos e multimotor.

Na sequência, faltava o último curso profissionalizante, o de instrutor de voo. Como o próximo curso dessa especialização da rede EJ tinha agenda mais próxima no Campus Itápolis, Julia, sem pés fincados em Jundiaí, seguiu para a sede da escola para iniciar imediatamente sua turma. “Acabei vindo (Para Itápolis) pra fazer o teórico só, mas conversando com amigos e com instrutores daqui, decidi, de um dia pra outro, voar meu INVA por aqui também”, relembra.

Em Itápolis conheceu pessoalmente a EJ - Escola Superior de Aviação Civil, seus professores e instrutores. “A ideia de ter uma graduação na área em 2 anos só, e estar em um lugar que eu poderia voar eventualmente, já que eu ja tinha todas as carteiras, me pareceu muito boa. Acabei fazendo o vestibular e me mudei de vez pra cá”, conta.

Maria Julia está com 205 horas de voo. Acabou de completar sua oitava hora na rigorosa adaptação para a instrução EJ, onde aprende, do ponto de vista do instrutor, todas as padronizações da grade da escola. Deve iniciar na instrução em cerca de um mês. Enquanto ministrará aulas práticas de voo de dia, ainda seguirá, por mais três semestres, aluna teórica da faculdade, à noite. “Minhas expectativas como instrutora agora são de conseguir passar pros meus futuros alunos uma instrução com a mesma qualidade e padrão de ensino que eu recebi durante meus cursos aqui, com o mesmo carinho e com a mesma dedicação que meus antigos instrutores tiveram comigo. Quero ser uma instrutora que acolha e que ensine da melhor forma possível”, afirma.

Antes de largar o direito em Petrópolis, Maria Julia, fez pesquisas sobre aviação, e percebeu que teria algumas dificuldades para seguir a carreira pelo fato de ser mulher. “Cheguei a ligar pra uma escola que dava a parte teórica dos cursos de PP e PC perto da minha casa em Petrópolis, pra saber sobre valores e etc, e de cara me passaram informações sobre o curso de comissária”, afirma. Na EJ, buscando todas as informações e iniciando os cursos, teve a consciência que poderia seguir na carreira sem maiores problemas. “É um ambiente mais confortável para as mulheres, tanto que aqui mesmo, na EJ de Itápolis, a gente tem visto cada vez mais mulheres fazendo os cursos”, finaliza.

Com apenas pouco mais de três anos na aviação, aos 21, Maria Julia é a instrutora de voo mais jovem da história da EJ

* As inscrições para o vestibular da EJ - Escola Superior de Aviação Civil estão abertas na aba "vestibular".



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